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10 de out. de 2010

Xuxa sem papas na língua: ela fala sobre amor, carreira e família

Xuxa é sempre uma candura com a filha, de 12 anos. A apresentadora, que nunca levantou um dedo para a menina, afirma que Sasha não argumenta quando ela diz não e relembra um episódio em que um menino bateu em Sasha numa festinha. “Perguntei a ela: ‘Está gostando de apanhar?’. E ela: ‘Não, mãe’. Falei: ‘Então, faça alguma coisa porque se eu sentir que você está gostando de apanhar vou bater em você também’”.



No “XSPB”, muitas mães agradecem o fato de as crianças quererem experimentar alimentos novos por causa da última edição do projeto. Mas como dizem que santo de casa não faz milagre... Que dificuldades você teve na educação de sua filha Sasha?
— Nenhuma. A Sasha é perfeita. Juro. Ela veio pronta. Não tive nenhum problema para educar a minha filha. Claro que não podemos generalizar, tive toda a infraestrutura do mundo para criar a minha filha com tranquilidade, sossego. Só tinha que ser mãe e sei que nem toda mãe tem essa possibilidade. A Sasha ama os animais, ama crianças, o prato dela é o sonho de toda a mãe. Ela come de tudo, até jiló



— Você diz “não” a Sasha?
— Digo, claro. Mas sou diferente daquela mãe que primeiro fala não. A minha primeira resposta é sempre sim. Aí, vamos conversando, ajustando as ideias. Então, quando falo não, ela nem argumenta. A Sasha tinha tudo para ser a menina mais mimada do mundo, a mais insuportável. Mas é exatamente o contrário. Ela faz a cama dela, leva o prato para a cozinha, limpa se deixou cair alguma coisa no chão. Não faz isso todo dia, claro, mas quando precisa fazer, ela faz sem o menor problema. Quando ela vai para a casa de uma amiga, as mães me ligam para elogiar. Morro de orgulho.



— Já deu alguma palmada na Sasha?
— Nunca! Sou contra! Não vale nem palmada, nem tapinha. Nada. Tapinha dói, menina. Olha, a Sasha tinha 1 ano e alguns meses e falava ainda meio errado quando virou e disse: “Mãe, você vai me bater?”. E eu: “Como? Por quê?”. E ela: “Porque apanhei muito da outra mãe”. Fiquei arrepiada. Como vou saber se isso foi bobagem de criança ou lembrança de alguma outra vida? A gente nunca vai saber, é o mistério da vida. Mas fiquei com aquilo na cabeça e pensei: “Se foi isso mesmo, Deus mandou essa filha para a mãe certa”. Quando vejo que vou perder a paciência, saio de perto para respirar. Sasha é assim também.



— E já brigou com ela?
—Já, claro. Uma vez, numa festa, vi um menino batendo nela e tirando a maior onda: “Tô batendo na filha da Xuxa”. E ela quieta, morrendo de vergonha. Fui me aproximando devagarinho e perguntei: “Está gostando de apanhar?”. E ela: “Não, mãe”. Falei (e imita em tom sério): “Então, faça alguma coisa, fale alguma coisa porque se eu sentir que você está gostando de apanhar vou bater em você também. Afinal, só faço o que você gosta”. Deu resultado porque ela deu um chega para lá no garoto. Minha filha não tem que ser saco de pancada! Não incentivo que ela bata, claro, mas não podia deixá-la ser uma criança boba.



— Se arrepende de não ter tido outro filho?
— Não sei se me arrependo... Não queria um outro filho só por ter. Não queria fazer inseminação artificial, ter um bebê sem um pai presente. Queria uma família, mas acabou não acontecendo. O tempo passou.



— Mas ela sente falta de um irmãozinho?
— Sente muita falta. E me cobra até hoje, sabia? Ela começou a pedir um aos 3 anos. Eu dizia: “Está bom, Sasha, com 6 anos você vai tirar isso da cabeça”. E ela, pequenininha, toda fofa, colocava a mão na cabeça e falava: “Mas não tem nada aqui, mãe”. Uma graça (e ri). E ela nunca deixou de pedir.



— Pensa em adotar uma criança?
— (pensativa) Penso... Mas não queria sair procurando. Queria encontrar uma alma gêmea, sabe? Queria bater o olho numa criança de, sei lá, 5 anos e falar: “Filho, onde você estava? Faz 5 anos que a gente não se vê!”. Entende o que eu falo? Se nas minhas andanças, encontrar essa criança, adoto na hora. — Sasha te incentiva a namorar ou é ciumenta?
— Que nada! Ela dá a maior força para eu namorar, para encontrar alguém. Ela diz: “Vai, mãe, sai, mãe”. Só que é difícil porque assusto os homens e não sou muito de sair. Além disso, no pouco tempo que me sobra quero ficar com a Sasha.



— Já imagina como vai ser a Xuxa sogra?
— Acho que serei tranquila porque não sou ciumenta com ela, não. Só não vou conseguir lidar bem quando vir a Sasha chorar por causa de namorado. Meu coração deve doer!



— Ainda se incomoda com a curiosidade sobre sua vida?
— Não... Fico chateada quando falam da minha filha, da minha mãe, dos meus amigos, da minha Fundação... Falar de mim não me incomoda mais. Leio e abstraio. Aprendi a lidar com isso. Namorei uma pessoa muito famosa e as pessoas diziam que era só para aparecer, depois namorei outra e falaram que o namoro era uma mentira, depois que eu só estava namorando para engravidar. Então, me diz, para que vou falar sobre um na- moro?



— Mas ainda sonha com um grande amor?
— (pensativa) Poderia te falar que a Sasha me basta, mas eu não basto a ela. Não estou procurando ninguém. Mas se aparecer, não vou negar...

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